terça-feira, 19 de julho de 2016

"Uber brasileira", startup Televo promete maior diálogo e serviço semelhante

Com quase 1.000 parceiros cadastrados em uma semana, empresa criada em Brasília quer corrigir o possível maior erro do app de caronas.

maior reivindicação dos motoristas do Uber, que fizeram greve nesta segunda-feira, pode estar prestes a ser atendida, mas por outro aplicativo de caronas. Criada por 3 brasilienses, a startup Televo pretende trazer uma concorrência 100% nacional ao aplicativo norte-americano, mas com taxas menores cobradas por corridas, categoria de duas rodas e a possibilidade de pagamento em dinheiro.

“Conversando com parceiros da Uber, que é a principal concorrente, percebemos que eles têm uma carência de comunicação muito forte”, explica André Guidi, um co-fundador da Televo. “Nossa filosofia passa por melhorar essa comunicação: respondemos todas as solicitações em até 12 horas”, explica ele.

Usando esse mesmo canal de comunicação, eles também chegaram às taxas que serão aplicadas sobre seus serviços. Diferentemente do Uber, que hoje cobra entre 20% e 25% sobre cada corrida de seus parceiros, a Televo terá uma taxa fixa de 15% para pagamentos realizados através de cartão de crédito, mas também possibilitará que o cliente use dinheiro vivo – nesse caso, sem cobrança alguma para o motorista.

André garante que essa taxa será o suficiente para manter as operações do app. “Temos uma equipe muito enxuta: somos os 3 co-fundadores e mais outras 3 pessoas, já que nossa estrutura é quase toda automatizada. A mão de obra humana fica responsável por esse relacionamento com o cliente mesmo”, explica ele.

Categorias e preços

Na categoria de quatro rodas, a Televo oferece duas opções: Levopop, com tarifas mais baixas e carros de pequeno e médio porte fabricados a partir de 2008; e LevoSedan, mais confortável, com veículos escuros fabricados a partir de 2009.

Nesses serviços, as tarifas são um pouco mais altas que as do Uber: a tarifa base do LevoPop sai por R$ 4,00, com acréscimo de R$ 1,50 por km e R$ 0,30 por minuto. No Sedan, os valores são R$ 6,00, R$ 2,70 e R$ 0,45.

Em São Paulo, os valores para o UberX são R$ 2,00 na base, R$ 1,40 por km e R$ 0,26 por minuto. No UberBlack, a base é R$ 3,80, o km, R$ 2,32 e o minuto, R$ 0,28.

Esses preços foram definidos, de acordo com André, depois de muito debate com os próprios motoristas e algumas pesquisas, e ele acredita que são as melhores taxas para que todos saiam ganhando. Ao mesmo tempo, ele garante transparência: “não teremos ‘surpresinhas’, como a tarifa dinâmica do Uber. Mesmo que mudem, todas as nossas taxas serão anunciadas previamente para o cliente, sem nenhum extra cobrado”.

A maior novidade do Televo, no entanto, é a terceira categoria, na qual o Uber, ao menos por enquanto, não se aventura: a LevaMoto, que oferecerá tanto um serviço de entregas como, nas cidades onde é permitido, de mototaxi. As motos aceitas são as fabricadas a partir de 2007, e as tarifas são de R$ 4,00 para a saída, R$ 1,00 por km e R$ 0,20 por minuto.

Segurança

Embora as operações sejam totalmente brasileiras, a Televo importa, por questões de segurança, o mesmo sistema de pagamento que o Uber adota para cartões de crédito.

“A parte do site e do aplicativo é toda protegida, implementamos tecnologias de ponta para garantir a segurança do usuário e do parceiro”, conta o co-fundador.

Premiação de parceiros

Ainda na linha de criar um ambiente favorável ao motorista, André comenta que pretende implementar um programa de pontuações positivas que gerarão presentes aos parceiros de destaque. “Os parceiros que ficarem mais tempo online, tiverem pontuações mais altas ou se destacarem de alguma maneira serão presenteados com itens de empresas parceiras, como ingressos de cinema. Pensamos nisso para valorizar a pessoa que está trabalhando com a gente, o que é importante para todos”, comenta ele

Quanto a promoções para atrair clientes, ele ainda não sabe se serão viáveis. “Temos uma plataforma que prevê o uso dessas coisas, como códigos de desconto, mas como nosso investimento ainda é apenas do nosso bolso [dos 3 criadores], não conseguiremos aplicar isso ainda. Caso haja investimentos, sem dúvida consideraremos este tipo de incentivo”, ressalta.

Sucesso e início das operações

Com lançamento para cadastro de parceiros no último dia 22, André afirma que já são mais de 1.000 parceiros cadastrados, entre o Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. Esse sucesso fará com que os motoristas do app estejam rodando nessas localidades muito em breve.

“Estamos aguardando atingir um número mínimo de mil motoristas para São Paulo, mil para o Rio de Janeiro e 500 no Distrito Federal”, explica André, que acredita que essas metas serão atingidas ainda na primeira quinzena de abril, quando o app deverá ser lançado, inicialmente em São Paulo.

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